quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PRÓLOGO: MITO E ESPERANÇA



“O homem é o inacabado (...) e por isso faz poemas.”  Octávio Paz

O homem, este mistério.... Um ser ainda futuro, apenas um desejo, uma vontade, devir. E assim - ou por isso mesmo – fala, cria, recria suas hi(e)stórias, seus poemas, única forma de dizer daquilo que é e daquilo que lhe excede, ultrapassa: flecha em direção ao coração do alvo: dEUs.

O Mito é isto: um modo do homem - Narciso! – vê a face de si mesmo, ser do por-vir, plenitude.
(h)omenização

“A poesia é o entrar no ser”. Octávio Paz
“É minha criação isto que vejo”. Octávio Paz

e continuar a fazer este movimento contemplando a si mesmo no Caminho, kairós, esta culminância do homem no infinito do tempo: última esperança.

O Mito é assim, como que nos devolve um rosto futuro, aquilo que precisamos fazer existir, finalizando na conclusão da sua gesta onde tudo ainda é lástima, lágrimas, dor... Dionísio, vinho novo, um deus bailarina, menina/menino e flor...

“Os 12 Trabalhos de Hércules”, de Esdras, nos reporta a estas pulsações, municia a viagem, diz do que precisamos recordar: lembrar com as fibras íntimas do coração.
Hércules é guia, paradigma, senso de realidade, possibilidades... O texto testemunha, valoriza o caminhar.

SAJA

(Professor de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Mestre em Artes Visuais. Doutor em Letras e Lingüística.)  

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