PRÓLOGO:
MITO E ESPERANÇA
“O homem
é o inacabado (...) e por isso faz poemas.” Octávio Paz
O homem,
este mistério.... Um ser ainda futuro, apenas um desejo, uma vontade, devir. E
assim - ou por isso mesmo – fala, cria, recria suas hi(e)stórias, seus poemas,
única forma de dizer daquilo que é e daquilo que lhe excede, ultrapassa: flecha
em direção ao coração do alvo: dEUs.
O Mito é
isto: um modo do homem - Narciso! – vê a face de si mesmo, ser do por-vir,
plenitude.
(h)omenização
“A poesia
é o entrar no ser”. Octávio Paz
“É minha
criação isto que vejo”. Octávio Paz
e
continuar a fazer este movimento contemplando a si mesmo no Caminho, kairós,
esta culminância do homem no infinito do tempo: última esperança.
O Mito é
assim, como que nos devolve um rosto futuro, aquilo que precisamos fazer
existir, finalizando na conclusão da sua gesta onde tudo ainda é lástima,
lágrimas, dor... Dionísio, vinho novo, um deus bailarina, menina/menino e
flor...
“Os 12
Trabalhos de Hércules”, de Esdras, nos reporta a estas pulsações, municia a
viagem, diz do que precisamos recordar: lembrar com as fibras íntimas do
coração.
Hércules
é guia, paradigma, senso de realidade, possibilidades... O texto testemunha,
valoriza o caminhar.
SAJA
(Professor
de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Mestre em Artes Visuais. Doutor
em Letras e Lingüística.)
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